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Histórias da Culinária — A Origem do Kibe

  • Foto do escritor: Tali Americo
    Tali Americo
  • há 13 minutos
  • 1 min de leitura

Hoje presente em bares, padarias e rodízios árabes, o kibe (ou quibe) é um dos salgados mais consumidos do Brasil. Mas antes de conquistar nossos paladares com sua casquinha crocante e interior macio, ele carregou séculos de tradição no Oriente Médio.



Das montanhas do Líbano aos balcões brasileiros


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O kibe tem origem nas regiões do atual Líbano e da Síria, e seu nome vem do árabe kibbeh, que significa “bola” ou “formado à mão”. Originalmente, era feito com carne de cordeiro moída e bulgur (trigo triturado), temperado com especiarias locais como hortelã, pimenta síria e cebola. As famílias árabes preparavam kibe cru como prato nobre, consumido em ocasiões especiais, muitas vezes servido com azeite, coalhada e pão sírio.


A chegada dos imigrantes sírio-libaneses ao Brasil, entre o fim do século XIX e o início do século XX, trouxe essa tradição para cá. No entanto, o cordeiro foi substituído por carne bovina — mais abundante e acessível no país — e o kibe foi ganhando novas versões: frito, assado, recheado com queijo, coalhada ou requeijão.


Um salgado que virou brasileiro


Hoje, o kibe é tão comum no Brasil quanto a coxinha ou o pão de queijo. Encontrado em bares, festas, buffets e até em botecos, ele carrega o sabor da integração cultural — um exemplo claro de como a imigração molda e enriquece a culinária de um país.

Mais do que um prato, o kibe se tornou símbolo de afeto e diversidade: um pedacinho do Oriente Médio que encontrou casa nas mesas brasileiras.

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