Felipe Schaedler
- Ana Beatriz

- 4 de set.
- 2 min de leitura
Da infância no Sul aos sabores da Amazônia que conquistaram o Brasil

Com raízes em Santa Catarina e alma amazônica, o chef Felipe Schaedler se tornou um dos grandes nomes da gastronomia brasileira. À frente do premiado Banzeiro, ele traduz a biodiversidade da floresta em alta cozinha, com técnica, respeito aos ingredientes nativos e visão empreendedora.
De Maravilha a Manaus: descobrindo a vocação
Nascido em Maravilha (SC), Felipe mudou-se ainda jovem com a família para Manaus, onde a culinária local começou a despertar seu interesse. Após experiência na pizzaria familiar, trocou o curso de Direito pela cozinha e se aprofundou nas feiras e ingredientes da região.
Banzeiro: cozinha amazônica contemporânea
Em 2009, fundou o Banzeiro, em Manaus, focado na reinterpretação de pratos tradicionais com toque contemporâneo. Com profundidade de pesquisa, incorporou ingredientes como formigas saúvas e cogumelos nativos — e foi eleito chef do ano por Veja Comer & Beber Manaus, por diversas edições.
O restaurante atravessou fronteiras: em 2019, abriu filial em São Paulo, que logo recebeu Bib Gourmand do Guia Michelin, reconhecimento pela qualidade com bom custo-benefício.
Pesquisa, tradição e inovação andam juntos
A investigação de ingredientes regionais é central no Banzeiro: Felipe trabalhou com produtores indígenas (como tribos Yanomami), valorizando insumos únicos e riquíssimos da Amazônia.
A cozinha combina sabor, técnica e identidade. Pratos emblemáticos como tambaqui grelhado, sardinha ticada e tortilha de farinha-d’água (lembrando versão amazônica de receita mexicana) se repetem como sotaque amazônico em São Paulo.
Reconhecimento e protagonismo
Além dos prêmios locais, Felipe foi incluído pela Forbes entre os 30 brasileiros mais influentes com menos de 30 anos, em 2014. Também recebeu a Ordem do Mérito Cultural.
Em 2024, representou a Amazônia no festival Reach to Forest, em Washington, promovendo a culinária regional nacionalmente.
Felipe Schaedler é mais que um chef: é ponte viva entre a tradição amazônica e a alta gastronomia contemporânea. Sua trajetória mostra o poder do respeito aos ingredientes, da pesquisa cultural e da coragem empreendedora em transformar o que consumimos — e como pensamos a culinária brasileira.
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