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Do palco ao prato: Como a gastronomia se tornou protagonista dos grandes festivais no Brasil

  • Foto do escritor: Ana Beatriz
    Ana Beatriz
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura

Nos últimos anos, os grandes festivais no Brasil deixaram de ser apenas sobre música e entretenimento. A gastronomia, antes relegada a lanches rápidos ou opções básicas, passou a ocupar um espaço central, transformando-se em um dos pilares da experiência do público. Não é apenas sobre comer: é sobre viver o festival através dos sabores.


A virada de chave: de coadjuvante a protagonista


Por muito tempo, frequentar um festival significava encarar filas para sanduíches padronizados e bebidas pouco variadas. Mas a transformação do comportamento do consumidor, mais exigente e conectado, abriu caminho para que a gastronomia se tornasse parte do espetáculo.



The Town 2025
The Town 2025

Um exemplo marcante foi o The Town 2025, que mostrou como a comida pode ser uma atração tão importante quanto o line-up musical.


Chefs renomados, ativações de marcas e cardápios criativos provaram que comer bem também é entretenimento.




Oktoberfest 2025: tradição, cultura e sabor


De 8 a 26 de outubro, Blumenau se prepara para receber mais uma edição da maior festa alemã das Américas. E, como sempre, a gastronomia é um dos pontos altos da experiência.


Oktoberfest 2025
Oktoberfest 2025

O público poderá provar pratos típicos como:

  • Joelho de porco (Eisbein), servido com chucrute e salada de batata.

  • Bratwurst, a tradicional salsicha grelhada.

  • Spätzle, massa alemã que harmoniza com linguiças regionais.

  • Chucrute (Sauerkraut), o repolho fermentado que é marca da cozinha germânica.

  • Kartoffelsalat, a salada de batata clássica.

  • Strudel de maçã, a sobremesa que atravessou gerações.


Além disso, receitas locais como pato e marreco recheado reforçam a identidade catarinense e mostram a mistura entre tradição alemã e brasilidade. E, claro, nada disso seria completo sem o chope e a cerveja artesanal, protagonistas das mesas e que fazem da Oktoberfest um brinde coletivo à cultura.


O peso econômico da gastronomia nos festivais


O investimento em gastronomia dentro de festivais não é apenas uma questão de experiência. Ele também movimenta a economia local, impulsiona produtores regionais e abre espaço para marcas criarem ativações que aproximam o público de forma afetiva.


Em eventos como a Oktoberfest de Blumenau, estima-se que a cadeia gastronômica responda por uma parte significativa do impacto financeiro da festa, gerando empregos e fortalecendo a identidade cultural da região.


Antropologia dos sabores em festivais


Comer em um festival é, em muitos aspectos, um ato de pertencimento. Seja segurando um sanduíche gourmet no meio de um show de rock ou compartilhando uma mesa de salsichas e chope na Oktoberfest, a comida é um elo social. Ela cria memórias coletivas, dá identidade ao evento e funciona como uma linguagem universal que conecta diferentes públicos.


Tendência de futuro


O movimento é claro: cada vez mais festivais vão investir em experiências gastronômicas imersivas. Não apenas em pratos típicos ou assinaturas de chefs, mas também em tecnologia, sustentabilidade e diversidade gastronômica. Opções vegetarianas, veganas e sem glúten já fazem parte do cardápio de grandes eventos, mostrando que a gastronomia é também sobre inclusão e inovação.


O prato como espetáculo


Se antes a música era a estrela absoluta, hoje os palcos dividem espaço com a mesa. A gastronomia se consolidou como uma parte essencial da narrativa dos festivais: é ela que dá sabor às memórias, que aparece nas redes sociais, que transforma uma experiência passageira em algo inesquecível.

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