Bel Coelho
- Ana Beatriz

- 14 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de ago.
Com mais de 25 anos de carreira, Bel Coelho construiu um dos trabalhos mais consistentes e autorais da gastronomia brasileira.
Formada pelo Culinary Institute of America, em Nova York, acumulou experiência em cozinhas icônicas como o El Celler de Can Roca (Espanha) e o D.O.M. (Brasil). Mas foi ao viajar pelo país que encontrou sua verdadeira missão: valorizar ingredientes nativos e proteger os biomas brasileiros.

Da imersão ao prato
Em 2014, Bel criou o Clandestino, restaurante de menus imersivos que exaltavam a brasilidade. Dez anos depois, o projeto renasceu como Clandestina, na Vila Madalena, mais leve e feminino, com a meta ambiciosa de se tornar lixo zero e trabalhar apenas com fornecedores alinhados a seus valores de sustentabilidade.
O cuidado rendeu reconhecimento: em 2025, o Clandestina recebeu o selo Bib Gourmand do Guia Michelin.
Cuia: sabor e consciência
Desde 2021, Bel comanda o Cuia Restaurante & Café, dentro da Livraria Megafauna, no Copan. Mais recentemente, expandiu o conceito para o Cuia Pinheiros, levando comida saborosa, acessível e consciente a outro ponto estratégico de São Paulo.
A proposta, que une afeto, sabor e consciência ambiental, já foi premiada com o Bib Gourmand em 2024 e 2025.
Gastronomia como ativismo
Bel é mais do que chef: é ativista. Participa de movimentos como Greenpeace, Slow Food e Instituto Socioambiental, usando a gastronomia como ato político e defendendo a preservação dos ingredientes e saberes tradicionais.
Na TV, apresentou o programa Receitas de Viagem (Discovery TLC), foi uma das Iron Chefs da Netflix e coapresentou o Food Connection (Sabor & Arte).
A urgência de contar histórias
Para Bel, cada prato é uma narrativa. “Cozinhar é contar histórias. E as do Brasil precisam ser contadas agora, antes que desapareçam”, afirma. Entre o fogão e a militância, ela segue construindo um legado que conecta sabor, identidade e preservação.
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