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Água mineral contaminada em SP: o que se sabe sobre o caso que acendeu o alerta

  • Foto do escritor: Tali Americo
    Tali Americo
  • 15 de out.
  • 3 min de leitura

Um lote de água mineral da marca Mineratta, fabricado em 10 de setembro de 2025 e com validade até 10 de setembro de 2026, está sob investigação em Garça, interior de São Paulo, após um homem de 50 anos ter apresentado sintomas graves de intoxicação. Ele consumiu duas garrafas desse lote durante o expediente.


Homem sofreu intoxicação após ingerir água mineral na cidade de Garça, São Paulo.
Homem sofreu intoxicação após ingerir água mineral na cidade de Garça, São Paulo.

O que os relatos informam até agora


  • A vítima relatou náuseas, vômitos com sangue e sintomas compatíveis com queimaduras no trato gastrointestinal. Esse diagnóstico foi confirmado por endoscopia digestiva, que mostrou lesões no esôfago e no estômago.

  • Ele foi internado na UPA de Garça, mas já teve alta depois do tratamento.

  • A Vigilância Sanitária, a Polícia Civil e a Distribuidora DBG, responsável pela marca, estão investigando. Amostras do lote foram recolhidas do hospital, de distribuidoras e da empresa onde a água foi consumida.

  • A Prefeitura orientou a população a não consumir água do lote 253.1 da Mineratta até que se esclareça se apenas algumas garrafas estão afetadas ou se todo o lote está comprometido.


O que ainda não se sabe


  • Qual substância contaminante provocou os danos. A nota oficial diz apenas que "há indícios de contaminação por algum produto", sem confirmar se é químico, biológico ou outra coisa.

  • Se é algo ligado ao envase (falha na vedação, uso de materiais impróprios, contaminação do maquinário) ou algo no fornecimento da água/fluido de origem (mananciais, reservatórios).

  • Se outras pessoas consumiram a mesma água e tiveram sintomas, ou casos semelhantes. Até o momento, o caso parece isolado, embora a coleta de amostras tenha sido rápida e ampla.


Possíveis causas de contaminações em água mineral


Com base em casos anteriores e em riscos comuns observados em água engarrafada:

  • Defeitos na embalagem ou vedação que permitem contaminação externa (insetos, poeira, microrganismos).

  • Falhas no processo de filtração ou esterilização da água na fonte.

  • Presença de resíduos químicos provenientes de materiais usados na fábrica ou contaminação ambiental (pesticidas, metais pesados).

  • Crescimento bacteriano ou fungos em condições de armazenamento inadequadas (calor, luz, tampa solta).


Riscos à saúde

A ingestão de água contaminada pode causar:

  • Queimaduras ou irritações no trato gastrointestinal.

  • Náuseas, vômitos, dor abdominal, sangue nas fezes ou vômito.

  • Desidratação e complicações caso o quadro não seja tratado.

  • Em casos mais severos, há risco de lesões permanentes ou internações prolongadas.



Água mineral e confiança pública


Água mineral é um produto tratado como seguro, regulado por órgãos de vigilância sanitária, que define padrões de pureza, rotulagem e segurança. Casos como esse abalam a confiança do consumidor, especialmente quando descobertas de contaminação ocorrem em lotes engarrafados.


Além disso, há um alerta quase contínuo sobre boatos: recentemente, checagens apontaram que rumores de adulteração com metanol em água mineral (sem ser bebida alcoólica) são falsos — até agora nenhuma autoridade confirmou contaminação dessa natureza em água engarrafada.


O que fazer — orientações práticas para consumidores


Enquanto não houver laudo conclusivo:

  1. Verificar o lote e a data de fabricação da água que for consumir. Se for o lote 253.1 da marca Mineratta, evitar.

  2. Observar alterações visuais ou de cheiro: cor diferente, gosto metálico, cheiro estranho.

  3. Se consumir e sentir sintomas como ardor na garganta, dor estomacal, vômitos com sangue, procurar atendimento médico imediatamente.

  4. Guardar a garrafa ou as informações do rótulo para eventual fiscalização ou perícia.

  5. Verificar se a fabricante divulgou comunicado oficial ou recall do lote.


O caso da água mineral Mineratta em Garça mostra que até produtos tidos como seguros podem apresentar riscos quando alguma parte da cadeia de produção falha — desde a fonte da água até o envase e a distribuição. Embora o incidente pareça isolado até o momento, ele serve como alerta para que consumidores fiquem atentos, fabricantes sejam transparentes e órgãos reguladores atuem com rigor.

Em tempos de maior preocupação com saúde e qualidade de vida, confiar na marca e no rótulo deveria bastar. Este episódio demonstra que a vigilância deve ser contínua — e que beber água, algo que parece banal, precisa ser um ato consciente.

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