Histórias da Culinária — A Origem do Pastel
- Tali Americo

- 16 de set.
- 1 min de leitura
O pastel é, sem dúvida, uma das comidas de rua mais amadas do Brasil. Encontrado em feiras, lanchonetes, mercados e padarias, ele simboliza sabor acessível, crocância perfeita e uma infinidade de recheios. Mas sua origem — assim como seu formato — tem várias camadas.

Um filho da imigração e da adaptação
A teoria mais aceita é que o pastel nasceu da adaptação dos imigrantes chineses no Brasil, no início do século XX. Eles tentavam vender rolinhos primavera, mas o paladar local pedia algo diferente. Então, modificaram a receita: trocaram a massa tradicional por uma mais fina e crocante, frita em óleo quente, e rechearam com ingredientes familiares ao gosto brasileiro — carne moída, queijo, palmito.
Na década de 1940, imigrantes japoneses passaram a vender pastéis em feiras livres, consolidando o que hoje conhecemos como “pastel de feira”. Curiosamente, apesar de seu sucesso, o pastel nunca foi comida típica do Japão nem da China. É uma criação 100% brasileira — nascida da adaptação, da sobrevivência e da inventividade.
Um retrato da comida popular
Pastel é barato, rápido, farto. Pode ser vegetariano, vegano, com carne, doce ou salgado. O pastel de feira, acompanhado de caldo de cana, é mais que um lanche: é um ritual de infância, de sábado de manhã, de passeio com os pais.
Hoje, há versões gourmetizadas com recheios sofisticados, mas o pastel tradicional segue firme como símbolo da culinária popular brasileira. Ele carrega o espírito da feira, da mistura, da fartura — e do improviso que tanto caracteriza a nossa gastronomia.
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