Por que comida de vó combina com férias escolares?
- Ana Beatriz
- há 3 dias
- 2 min de leitura
As férias escolares sempre carregam uma atmosfera de liberdade, brincadeiras e reencontros. E no meio desse cenário, existe um cheiro que todo mundo reconhece: o da comida de vó. Seja aquele arroz soltinho com feijão feito no capricho, o bolo de fubá assando no forno ou a macarronada de domingo, as receitas das avós parecem ganhar ainda mais destaque nesse período do ano. Mas por quê?

Mais do que tradição ou talento culinário, a comida feita pelas avós guarda um ingrediente que é impossível reproduzir com exatidão: a memória afetiva.
O sabor da infância mora no afeto
Durante a infância, as férias são um convite para sair da rotina da escola e mergulhar em outras vivências — entre elas, as visitas prolongadas à casa dos avós. É nesse espaço que muitos têm o primeiro contato com a cozinha de verdade: aquela em que o tempo passa mais devagar, os cheiros se espalham pela casa e o fogão vira ponto de encontro.
A comida de vó tem o poder de conectar gerações, de reunir a família ao redor da mesa e de ensinar, sem pressa, o valor do cuidado. Cada receita carrega história, cada detalhe é uma forma de dizer “eu te amo” sem precisar de palavras.
O papel dos avós na construção do paladar
Ao contrário da alimentação acelerada do dia a dia, muitas vezes marcada por lanches rápidos e comidas industrializadas, a cozinha da avó representa uma pausa. Um resgate. É ali que a criança aprende a valorizar o sabor dos ingredientes frescos, a repetição de receitas feitas com paciência e o carinho nos modos de preparo.
Não por acaso, tantos adultos buscam reviver esse gosto da infância. A comida da avó molda não só o paladar, mas também o senso de pertencimento — e se torna referência de “comida de verdade”.
Férias e nostalgia: uma combinação natural
Com o tempo livre das férias, é natural que as famílias resgatem rituais que, na correria do cotidiano, ficam esquecidos. Almoços mais demorados, sobremesas feitas em casa, visitas à feira, panos de prato com cheirinho de lavanda — tudo isso compõe o imaginário coletivo das férias de verão ou de inverno.
E como as crianças estão mais disponíveis — e muitas vezes aos cuidados dos avós — esses momentos de convivência se tornam ainda mais marcantes. São memórias construídas entre uma colherada de mingau e uma fornada de pão de queijo.
Tradição que alimenta mais do que o corpo
A cozinha da avó não é só um lugar de preparo. É onde se aprende sobre cultura, identidade e afeto. É onde histórias são contadas, mãos são ensinadas e laços são fortalecidos. Por isso, nas férias escolares, quando os dias são mais livres e os encontros se tornam mais possíveis, essa comida ganha ainda mais sabor.
Comemorar o Dia dos Avós (26/7) é também celebrar tudo o que eles nos ensinam sem precisar de aula: a importância do tempo, do cuidado e de um prato cheio de amor.
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