Carbonara: o prato romano que virou febre no Brasil
- Tali Americo
- há 3 dias
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Atualizado: há 1 dia
Clássico da culinária italiana, o espaguete à carbonara conquistou o paladar dos brasileiros — mesmo nas versões bem distantes da receita original.
O espaguete à carbonara é um dos pratos italianos mais amados no Brasil. Mas poucos sabem que a versão “abrasileirada” desse clássico romano passa longe da receita tradicional, que leva apenas ovos, queijo pecorino, guanciale (bochecha de porco curada) e pimenta-do-reino. Isso mesmo: nada de creme de leite, alho ou bacon.
A origem do carbonara ainda gera debate entre os historiadores da gastronomia. A teoria mais aceita diz que o prato nasceu na região do Lácio, no pós-guerra, quando soldados americanos combinavam ovos e bacon com massa — ingredientes comuns em suas rações. Os italianos, então, adaptaram o preparo com produtos locais, criando uma das receitas mais replicadas - e reinventadas - do mundo.
No Brasil, o carbonara chegou junto com as ondas migratórias italianas e se espalhou rapidamente pelas cantinas paulistanas e cariocas. Com o tempo, surgiram adaptações com creme de leite, parmesão, alho e até cebola — o que deixa os italianos horrorizados, mas agrada boa parte dos paladares locais.
Hoje, o prato está presente de botecos a restaurantes estrelados, com versões clássicas, autorais e até veganas. Em São Paulo, casas como a Osteria Nonna Rosa, o Modern Mamma Osteria (MMO) e o Tappo Trattoria oferecem versões fiéis à tradição romana. Já outras ousam com ingredientes como trufa, cogumelos ou carne de jaca.
Entre tradição e reinvenção, o carbonara segue firme como símbolo da boa mesa — e da eterna disputa entre puristas e criativos.
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